domingo, 2 de enero de 2011

"Queridas brasileiras e queridos brasileiros

Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher.

Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico desta decisão.

Sei, também, como é aparente a suavidade da seda verde-amarela da faixa presidencial, pois ela traz consigo uma enorme responsabilidade perante a nação.

Para assumi-la, tenho comigo a força e o exemplo da mulher brasileira. Abro meu coração para receber, neste momento, uma centelha de sua imensa energia.

E sei que meu mandato deve incluir a tradução mais generosa desta ousadia do voto popular que, após levar à presidência um homem do povo, decide convocar uma mulher para dirigir os destinos do país.
Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres, também possam, no futuro, ser presidenta; e para que - no dia de hoje - todas as brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher.
Não venho para enaltecer a minha biografia; mas para glorificar a vida de cada mulher brasileira. Meu compromisso supremo é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos!

Venho, antes de tudo, para dar continuidade ao maior processo de afirmação que este país já viveu.
Venho para consolidar a obra transformadora do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, com quem tive a mais vigorosa experiência política da minha vida e o privilégio de servir ao país, ao seu lado, nestes últimos anos.
De um presidente que mudou a forma de governar e levou o povo brasileiro a confiar ainda mais em si mesmo e no futuro do seu País...

Mas é importante lembrar que o destino de um país não se resume à ação de seu governo. Ele é o resultado do trabalho e da ação transformadora de todos os brasileiros e brasileiras. O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um:
Dos movimentos sociais,
dos que labutam no campo,
dos profissionais liberais,
dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores,
dos intelectuais,
dos servidores públicos,
dos empresários,
das mulheres,
dos negros, dos índios e dos jovens,
de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação.
Quero estar ao lado dos que trabalham pelo bem do Brasil na solidão amazônica, na seca nordestina, na imensidão do cerrado, na vastidão dos pampas.
Quero estar ao lado dos que vivem nos aglomerados metropolitanos, na vastidão das florestas; no interior ou no litoral, nas capitais e nas fronteiras do Brasil.
Quero convocar todos a participar do esforço de transformação do nosso país.
Respeitada a autonomia dos poderes e o princípio federativo, quero contar com o Legislativo e o Judiciário, e com a parceria de governadores e prefeitos para continuarmos desenvolvendo nosso País, aperfeiçoando nossas instituições e fortalecendo nossa democracia.
Reafirmo meu compromisso inegociável com a garantia plena das liberdades individuais; da liberdade de culto e de religião; da liberdade de imprensa e de opinião.

Reafirmo que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos, no nosso País e como bandeira sagrada de todos os povos.
O ser humano não é só realização prática, mas sonho; não é só cautela racional, mas coragem, invenção e ousadia. E esses são elementos fundamentais para a afirmação coletiva da nossa nação...

Queridas brasileiras e queridos brasileiros, dediquei toda a minha vida a causa do Brasil.
Entreguei minha juventude ao sonho de um país justo e democrático.
Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio.
Não tenho qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou rancor.
Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho,
não podem compartilhar a alegria deste momento.
Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem.
Esta dura caminhada me fez valorizar e amar muito mais a vida
e me deu sobretudo coragem para enfrentar desafios ainda maiores.
Recorro mais uma vez ao poeta da minha terra:
"O correr da vida embrulha tudo.
 A vida é assim:
esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem"

É com esta coragem que vou governar o Brasil.
Mas mulher não é só coragem.
 É carinho também.
Carinho que dedico a minha filha e ao meu neto.
Carinho com que abraço a minha mãe
que me acompanha e me abençoa.
É com este mesmo carinho que quero cuidar do meu povo,
e a ele - só a ele - dedicar
os próximos anos da minha vida.
Que Deus abençoe o Brasil!
Que Deus abençoe a todos nós!"

"Mandar obedeciendo al pueblo” Evo- Bolivia


El Presidente reiteró que obedeció al pueblo al abrogar el Decreto 748, pese a que la norma era para evitar una sangría económica de más de $us 150 millones al año por el contrabando.

Cochabamba - Cambio - Wilfran Sánchez
El presidente del Estado Plurinacional, Evo Morales, dijo que los sectores que consultó respaldaron el Decreto de nivelación de los precios del diésel y la gasolina —medida que evitaba una sangría económica al Estado de unos $us 380 millones—, pero le dijeron que no era un momento oportuno. Ese pedido fue escuchado por el mandatario, quien abrogó el decreto y dejó en claro que él salva su responsabilidad histórica "de tomar una medida en bien de todos los bolivianos".

Además, el mandatario anticipó que la reciente tarea que le dio el pueblo es endurecer más la lucha contra el contrabando. 
El Jefe de Estado declaró en conferencia de prensa en la Gobernación de Cochabamba que el Decreto 748 era preciso para eliminar una subvención neoliberal que fue creada en 1997 por el entonces presidente Hugo Banzer con el fin de favorecer sólo a algunos sectores, como el agroindustrial, y que va creciendo en casi 100 millones de dólares cada año.

El mandatario recordó que el monto que sale de las arcas nacionales para mantener los precios actuales de la gasolina y el diésel subió de 108 millones en 2005 a 666 millones de dólares en el 2010.

De acuerdo con Morales, el Decreto Supremo 748 fue lanzado para evitar, en especial, que haya una pérdida real de 380 millones de dólares, de los cuales 150 millones van directamente al contrabando de combustibles, como la gasolina y el diésel, a países vecinos.

El Presidente del Estado Plurinacional destacó que el pueblo estuvo de acuerdo con la medida porque se necesita parar la sangría causada a la economía nacional con la subvención, pero determinó abrogarla porque sintió que la ciudadanía, especialmente aquella que no tiene tierra ni salario y que vive en las áreas urbanas, no estaba preparada para afrontarla, aunque era necesaria.

"Qué lindo es escuchar al pueblo, qué lindo es aprender del pueblo, qué lindo es obedecer al pueblo; lo que hice simplemente es obedecer, pese a las diferencias ideológicas, programáticas, seguramente con algunos dirigentes, pero tarde o temprano el pueblo se dará cuenta, y yo junto al gobierno salvo mi responsabilidad ante el pueblo, ante la historia, de tomar una medida en bien de todos los bolivianos, en bien de las nuevas generaciones; se trata eso, está nivelación del precio de combustibles, no es para tener superávit, ni este nuevo año 2011 (...), no es para buscar plata para el aguinaldo de este año, sino es sobre todo ver que no haya esta sangría económica".

"...yo me quedo muy contento, queridos periodistas, porque todos nos dieron razón, sólo dijeron que es duro (el Decreto 748), que no es el momento y que el pueblo no está preparado. Por eso tomamos esta decisión, valientemente también, para cambiar estas políticas, y decirle al pueblo gracias por haberme orientado, enseñado, no es un error, si fuera un error todo el mundo rechazaría".

"...escucho al pueblo, yo me someto al pueblo, eso es lo que decía el 2006 al momento de jurar; con mucho sentimiento, de corazón dije al pueblo boliviano en mi primera posesión: mandar obedeciendo al pueblo", recordó.

El Presidente añadió que el pueblo también le dio otra tarea: luchar de manera más dura contra el contrabando. "El pueblo me da una tarea dura contra el contrabando, buscaremos mecanismos para ser duros contra el contrabando, la forma de frenar esta sangría. Es impresionante, he estado en la frontera con Chile, Perú, Brasil (...), pero en las fronteras con estos países se llevan gasolina o diésel en la mamadera, en termo, caja de cerveza (...) En Brasil el litro de gasolina cuesta más de 10 bolivianos y en Bolivia cuesta unos 3 bolivianos, si hago pasar un litro tengo 7 bolivianos, si hago pasar 10 litros tengo 70 bolivianos", calculó.
Se evaluará con sectores sociales