lunes, 5 de marzo de 2012

Concílio Vaticano II, Nossa Senhora dos Navegantes, à Stela Maris, e festa de Iemanjá




Queridos irmãos


Após ter vivido a querida experiência de encontros de retiro, na Lagoa Mirim, muito tenho a agradecer, desde o compartir da Palavra, das experiências e vivências, com quem se dispôs aos encontros até meus encontros pessoais com a família em férias, que me fizeram também levar a eles, esposa, filhas, genro e netos, partículas das compreensões obtidas, já me faz desejar novo encontro, novo estar junto.
Entre tantas pérolas de compreensão, quero citar apenas algumas:

Como cristão, precisamos ser sal, fermento, não a massa inteira, uma comida que seja só sal, ou uma massa que seja só fermento, não é sinal, mas sim excesso.


A falta dessa compreensão, traz equívocos e angústias. Traz o equívoco de nossos antepassados que provenientes do “Velho Mundo”, chegaram às dominações, seja do norte da própria Europa, ou aos confins da África, ou da Ásia e da América, e se acreditavam donos da verdade que precisavam a todos “converter” a uma mesma fé e a um mesmo rito para fossem salvos, quando o mais importante é o “Anuncio do Reino”, quando não temos o respeito pelo “outro”, pela sua cultura, nos angustiamos, e a todo o outro consideramos como bárbaro.

Não se pode pensar que o “homem bom”, não tem salvação, afinal nosso Deus é o Deus da inclusão, é essencialmente AMOR, assim, quem vive o amor, vive Deus, mesmo inconscientemente, seja como autodeclarado ateu, agnóstico, ou componente de qualquer crença ou prática religiosa.


Muito da consciência que aqui se apresenta, vem da boa compreensão do estudo que fizemos dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, quando a Igreja fez uma interpretação da mensagem da Igreja ao Homem e ao Mundo, da abertura ecumênica.

Após as reflexões até aqui apresentadas, quero aqui declarar minha satisfação do crescimento, minha renovação, meu compromisso de ser sinal, de ser sal e fermento no mundo, sem a pretensão e sem a angústia de a todos tornar sal, mas com a compreensão dos valores que cada Ser tem em si, o valor que todos tem com Filhos de Deus, o Amor que Deus tem a todos seus filhos, o apoio real e verdadeiro a todos os irmãos e a todas as boas práticas que preciso ter, isso me faz, sem dúvida, mais humano, mais irmão, mais católico.

Na prática da celebração, a compreensão do Cristo que se apresenta ao que se reconhece pobre, pecador, necessitado, afirma na prática o que vimos até aqui.


Na festa do dia 02 de fevereiro deste ano, numa celebração católica com muito respeito, reverenciamos a mãe de Jesus, com nosso pensamento e louvor de diversos modos, à Medianeira, à Nossa Senhora dos Navegantes, à Stela Maris, e festa de Iemanjá, rainha das águas para os umbandistas, fizemos uma bonita procissão desde a “Capilla Stella Maris”, até a imagem de Iemanjá, pusemos agradecimentos e pedidos em um barquinho que pusemos na água, e compartilhamos o doce fruto de uma melancia, uma sandia na língua dos irmãos uruguaios, assim louvamos a mãe de Nosso Senhor, que com muitos nomes se apresenta. Também compartimos a Palavra do Evangelho, e a melancia o sandia.

Finalizando a procissão, rezamos um “Pai Nosso que estais no céu...”, todos de mãos dadas, porem com a tradução para uma “Mãe Nossa que estais no céu...”, como sinal de uma compreensão de que Deus é tão grande que não pode ficar encerrado em um único gênero, mas sim está acima e dentro de todos os gêneros, com dimensão que abarca e abraça a todos.

A temporada de férias “o vacaciones” está chegando ao fim. Esperando que durante o viver de cada dia, sejamos sinais, holofotes, ícones da presença de Deus, anunciadores do Reino, saibamos reconhecer a presença de Deus em todos os seus filhos e em suas ações.

Aguardando um novo encontro, despeço-me deixando um grande abraço a todos e o agradecimento a todos os que aqui estiveram. José Carlos Oliveira de Jaguarão, RS – Brasil.


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